" Há mais solidão num aeroporto
que num quarto de hotel barato,
antes o atrito que o contato."
(Zeca Baleiro)

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Melodramático



A excessividade de sentimentalismo contrastando com a mais completa frieza. O melodrama em forma de gente. A completa falta de qualquer senso de calma e sobriedade. O desespero. A raiva. A falta de fé, mesmo acreditando em tudo que falam para ele. Pensa que é descolado, mais é na verdade, a caretice sem tamanho.

Constantemente chato, ciumento, frágil. Mas insiste em se fazer de forte. Como se todos não soubessem o quanto ele é carente em essência. Sem qualquer tipo de vergonha na cara, liga para os amigos, apenas para chorar seus lamentos. Como se fosse culpa deles, as cagadas que geralmente costuma fazer com os outros.
E alguns que estão ali todos os dias cara-a-cara, convivendo com aquele ser ilógico e incerto, não tem noção o tamanho de sua histeria.  Freud deveria explicar. Ou talvez, Jacques Lacan, Piaget, Vygotsky, ou Skinner. Mas nem eles, entendem o teor de sua loucura.

Quem é capaz de entender a natureza humana? Quem é capaz de compreender a sua própria natureza? Tudo é apenas uma busca eterna. Mas todos precisam de calma.

Ele poderia ser apenas mais um garoto qualquer. E ele é um garoto qualquer. Mesmo que não existam garotos "qualquer", porque todo mundo tem sua história de vida. Mas, ele acha isso. Tem certeza que sua vida será um completo marasmo eterno. Mas é claro, que nada que venha dele, tem que ser levado em consideração. Afinal, ele faz da vida o grande filme melodramático, típico de Theo Angelopoulos, em "Vale dos Lamentos".

Ele tem é sorte. De ter um monte de gente legal e amável ao ser redor. E que atura tudo isso e mais um pouco. Ele tem é sorte de seu melodrama ter paisagens bonitas. Pois quando se esforça, ele é carnaval, alegria. Quando quer faz as pazes com o mundo, e sorri para ele.

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