" Há mais solidão num aeroporto
que num quarto de hotel barato,
antes o atrito que o contato."
(Zeca Baleiro)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O amor e seus lados.


Que todo mundo sabe que o amor é lindo, isso é fato. Mas, por trás disso também existem outros lados:

O lado do amor crescente: Neste lado ele é descoberto. O amor só tende a crescer e a encher os corações de muita dedicação, afetividade, emoção e felicidade (Essa sempre é a melhor parte). Os apaixonados se amam e vivem intensamente todos os momentos.

Se descobrem. Descobrem a real felicidade que alguém pode ter na vida. São os momentos de viagens, visitas, saídas, encontros com os amigos, risadas, alegrias e etc. São todos esses que ficarão marcados para sempre. E que no futuro, terão uma grande influência no 'Amor do lado decrescente', mas isso eu explico depois.

Estando tudo ok com seu amor, você chega na parte de segurança. A parte em que você se sente completamente seguro e confiante. Você acha que nada vai abalar a sua relação. A palavra é ACOMODADO. Infelizmente, você acha que está tudo bem, mas não está. Você deixou (meio que sem querer) de se preocupar com assuntos de 'menor' importãncia.

E é aí que você vê de algo simples, crescer algo que vai tendo fundamental importância para o seu amor se tornar 'O amor do lado decrescente'. O lado do amor decrescente: Neste lado você percebe que há uma crise, e que algo precisa ser feito. Só que talvez já seja tarde demais. Então você luta, você muda, você tentar fazer o crescente voltar.

É uma luta contra o tempo e que você tem que ser o mais rápido e equilibrado possível para tratar de assuntos delicados. Não deu! Era tarde. Então você junta seus pedaços e recorre às outras pessoas que lhe amam. Pois são essas que irão estar ao seu lado para te levantar e te fazer estar curado novamente para outro amor.

Amores vem e vão? Às vezes sim. A pergunta é: Valeu à pena? Sempre vale. Amar é entrar num estado de alegria intensa, de desfrutar de sentimentos e momentos incríveis.

Termino com a frase do Rei Roberto Carlos:

"Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi..."


Jéssica Luz.

domingo, 8 de maio de 2011



Uma para a Mãe

Às vezes, mãe, não consigo voar tão alto como você e acabo voltando para o chão, esquecendo. Esquecendo de aproveitar tudo que você me proporciona. Que não posso esquecer: “Ao infinito e além”, como diria Buzz Light Year. E isso, assim como todas as outras atitudes que tenho com você e depois penso que poderia ter agido de forma melhor, isso me traz um sentimento que não é nada, nada bom de sentir. Me sinto incapaz de ser a filha que eu gostaria, por mais que eu tente, isso é fracassar no meu papel.

Mas a verdade é que lá atrás, quando tu decidiste dar o seu melhor para cuidar de mim, para construir a nossa vida, para aos poucos você alcançar a sua independência e, um dia eu alcançar a minha, lá atrás, quando você decidiu tudo isso, já sabia que esbarraria em acertos e erros nesse caminho, porque não és perfeita, ninguém é.

Mas mesmo sabendo que seria difícil cuidar de mim, mesmo sabendo que em alguns momentos esse caminho demandaria mais do que és capaz de oferecer, mesmo assim escolheu encarar essa missão. Mesmo sabendo que no meio do caminho você constataria que cometeu alguns erros, mesmo sabendo que mais para frente você vai constatar que eu cometi muitos outros erros (e a maioria nem vou concordar), mesmo sabendo que assumir uma responsabilidade tão grande quanto cuidar de mim trazia um risco enorme de cometer muitos erros, mesmo assim você não desistiu, e não vai desistir nunca. Sabe, mãe, eu posso não ser a melhor filha do mundo, mas eu sou a sua filha e vou estar sempre ao seu lado, mesmo quando eu estiver errando. Prefiro errar com você do que acertar sozinha. Prefiro errar com você a me assustar com essa possibilidade e deixar para que outros cometam erros com você, enquanto fujo das infinitas responsabilidades que tenho por ser sua filha. Posso ainda não ter conseguido ingressar na Faculdade, não ter um emprego, não ter muitas outras coisas que gostaríamos ou mesmo ainda não aceitar teus limites colocados para mim, posso não te deixar dormir sossegada por que são 22hrs e ainda não cheguei em casa.

De uma forma que talvez até te estimule mais, posso assumir esses e outros tantos posicionamentos questionáveis, mas mesmo sabendo que um dia eu mesma posso condenar essas e outras tantas posturas que tomei e tomarei na minha educação, ainda assim, faço questão de encarar esse desafio maior do mundo que é aceitar que você me prepare para a vida. Ainda assim, faço questão de ser sua filha, sempre presente. Pra sempre, mãe, sempre.






PS: Fica aqui meu sincero pedido de desculpas por um dia ter magoado você. E as minhas palavras mais sinceras: - Te Amo, mesmo que tu sejas uma chata!


De Jéssica Luz,
Para Loane Costa, minha Mãe.







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segunda-feira, 2 de maio de 2011




Presa entre as batidas do coração e os olhos que nem piscavam por simplesmente estarem fascinados com o nada. O horizonte finalmente estava limpo e claro.

Azul claro profanando contra a última noite.

Sentia na pele o Sol que secava as gotas de orvalho na grama verde. A pele encharcada da última chuva.

Raios batalhando no céu que a lua banhava.
A água que caia queimava.

Foram dias correndo por uma estrada desconhecida, conhecendo-a como ninguém conhecia. Mas agora, depois da tempestade, era calmaria. E ela estava ali, com a mente aberta, o passado fechado, e o corpo encharcado. Estava curada, braços abertos pro desconhecido infindável, dançando com o medo do futuro, pisando nas ilusões que a marcaram.
Os olhos estavam húmidos, mas eram de prantos passados. Os lábios estavam secos, mas era culpa do último beijo. Erros harmoniosos que costuravam na memória mais uma história pra se orgulhar, contar pro tempo que dói, mas vai passar. Foi assim que foi. É sempre igual, sempre vai mudar. Ela vai sonhar de novo. E vai brilhar de novo. E vai cair de novo noite nova. Trazendo consigo tudo que ela pode trazer.

E nessas noites chuva é prazer,
rosas são clichê e sofrer faz valer.

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Conveniente dizer que passou-se um tempo.
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