" Há mais solidão num aeroporto
que num quarto de hotel barato,
antes o atrito que o contato."
(Zeca Baleiro)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Braços e abraço

Eu sei, no fundo, que meus braços não são compridos o suficiente. Teriam que medir quilômetros infinitos de comprimento afim de que assim pudessem enfim abraçar tudo o que quero e até mesmo o que não me ganhe pelo gosto, assim logo de cara como essas outras coisas.

Não é de tão egoísta da parte desse meu coraçãozinho, um tanto menos modesto, eu sei. Mas o fato é que só queria poder rir o tempo todo ao lado de todas essas coisas e momentos e cheiros que quero agarrar de uma só vez.

É. Também sei que é isso que faz da minha essência uma criança. Isso é típico delas. Bato pé, esperneio, grito, choro. Mas no fim acabo por admitir todos esses caracteres que pra minha faixa etária já não são mais vistos com bons olhos como quando eram na “minha época”.

Não posso deixar de lado toda a musicalidade do cheiro daqueles e desses momentos misturados em uma só cor, em cada poro do meu abraço de braços que eu sei que não medem quilômetros infinitos de comprimentos.

Um comentário:

  1. Estava procurando uma poesia sobre "abraço" e me deparei com seu blog, aproveitei pra ler suas postagens, gostei tanto que já li quase todas. Parabéns, és muito talentosa!

    ps.: continue postando, pois meio que viciei no que vc escreve! rsrsrs

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