" Há mais solidão num aeroporto
que num quarto de hotel barato,
antes o atrito que o contato."
(Zeca Baleiro)

terça-feira, 19 de março de 2013

Pausa.


Eu me curvei sobre meus pensamentos e tentei tirar a delicadeza e a doçura que aparecem nas entrelinhas dos textos. Eu busquei o que me inspirava, mas achei apenas uma impressão do que me foi tirado.
E aí eu mergulhei dentro de mim e encontrei afinal uma forma de deixar isso ir embora. Um jeito de dizer que não há mais o que declarar, que o amor se exauriu, foi extirpado.

Então, de qualquer forma, isso rendeu textos e textos de agonia amorosa, paixão incendiária, amor em forma de gente e palavra. Pois na escrita encontrava meus consolos que não sabia descontar na vida, no falatório diário.



Mas agora a vida é outra, a vida é nova. Não é o fim, nem o encerramento. Mas um período longo onde não tenho mais reflexões acerca do amor ou outros sentimentos para oferecer. É preciso mais novidade, mais diferença. Para escrever eu preciso de ventos fortes soprando no ouvido, tão fortes que não conseguiria pensar em nada, a não ser naquilo.

Embora não saiba o que está reservado mais na frente, eu posso dizer que é uma pausa que vai demorar um pouco. Porque uma gota d'água não alaga, mas emoção em excesso e com intensidade inunda, preenche. Não parem de amar e de se apaixonar, movimentem o mundo. Mas por mim, até a hora da volta, da vinda de um novo maremoto... Vamos dar uma pausa.

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