" Há mais solidão num aeroporto
que num quarto de hotel barato,
antes o atrito que o contato."
(Zeca Baleiro)

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Sobre intimidade.


       

Você já deve ter ouvido falar, ou então ter falado também: "Dê dinheiro mas não dê intimidade", e todas as outras variações que essa frase pode ter. Sempre achei isso engraçado porque na maioria das vezes as pessoas estão em uma eterna busca pela intimidade.

Falo, por exemplo, dos casais, quando uma garota fica constrangedoramente feliz quando o namorado sabe dos seus hábitos, sejam eles quais forem. Dos amigos, quando entram na sua casa e vão direto para a geladeira ou se jogam no sofá. Quando você pode falar qualquer tipo de besteira e não será estranho ou chato.

E geralmente, a intimidade vem com o tempo, depois de anos de convivência. Mas acho ainda mais divertidas aquelas que surgem do nada, a pessoa que você conhece um dia e então um mês depois já sabe identificar com quem ela está falando ao telefone pelo simples tom de voz que ela está usando. Por mais estranha e inconveniente que a intimidade possa ser, uma vez que se tem é difícil esquecer ou deixar de lado alguém que já sabe tanto de você.

Então, mesmo tendo lados ruins (os quais eu não mencionei de propósito, não quis mostrar pessimismo) não acho que devamos rechaçar a intimidade. A eterna busca por companhia, calor humano e compreensão começa com a permissão que damos a alguém para que ela entre na nossa rotina e participe da nossa vida. E então damos liberdade para ela ser quem é, quando ambos podem ser genuinamente quem são, a intimidade surge... E aí é com vocês.

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