" Há mais solidão num aeroporto
que num quarto de hotel barato,
antes o atrito que o contato."
(Zeca Baleiro)

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Eles bailam...


No meio de um centro estende-se a fé de pessoas
que bailam em sincronia, buscam no limite de
seu corpo a meditação, para tornar de suas almas
um plano segundo.

E nesse corpo em terra, dá lugar
a outro espírito invocado por preces, sacolejar de maracás,
cânticos ao toque de tambores.

Suas ervas ganham vida ao chão e fazem lembrar o caminho
de mata virgem, pelo qual muitos deles caminharam em sua vidas terrenas.

Frutas aos pés de bonecos elegantemente vestidos que reluzem
vida sobre um gesso em faces. Luzes por todos os lados
com seus panos brancos, tão brancos que faz lembrar nossas idéias
de paraíso (que ninguém ao certo sabe se existe ou não!!!)
Eles bailam...

Usam (as moças) o charme de suas filhas de almas, e bailam
parecendo flutuar sobre o chão, espalhando os mais puros perfumes,
e os moços bem trajados buscam em seu próprio universo o ser másculo
arrojo, força e vigor...

O silêncio... Se torna inexistente... Ao toque de tambores
Eles bailam...

A platéia aplaudi delirante, refletindo seus mesmo
cânticos, gritos em linguagens desconhecidas. Uma taça, uma fonte de cristal
pirâmides, amuletos, guias e brajas, senzalas e quelês...

Lá fora a chuva vai se abrindo,
e dentro dessa rodas, como uma energia vital que nossos olhos
não nos permitem enxergar, vai descendo sobre aquelas entidades
de força vinda da natureza.
Eles bailam...



Jéssica Luz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...